quinta-feira, 30 de abril de 2009

dislexia - bipolaridade e síndrome de asperger

Passo a seguinte mensagem do Manuel Telles:

Gostaria de debater a seguinte questão :
Há algumas crianças que são diagnosticadas com dislexia com deficit de atenção e hiperactividade , mas por vezes com o passar do tempo esses diignóticos derivam em bipolaridade e síndrome de asperger.
Têm sido feitos testes que comprovam estas derivantes.
Gostaria de saber se algum pai ou mãe se encontra nesta situação?

terça-feira, 28 de abril de 2009

Apoio subsidiado

O que é necessário fazer para pedir o subsídio da Segurança Social para que os seus educandos possam usufruir de Terapia da Fala?

Este subsídio funciona como os subsídios que existem nas escolas (subsídio de almoço, SASE, etc.), ou seja, há dois escalões: o escalão A (em que segurança social paga a totalidade do valor estabelecido pelo Terapeuta da Fala) e o escalão B (em que a segurança social paga metade do valor estabelecido pelo Terapeuta da Fala). As crianças que não usufruem de nenhum destes escalões não têm direito a nenhum pagamento por parte da Segurança Social.

O processo de pedido deste subsídio tem inicio na escola, nomeadamente junto do/a professor/a de ensino especial que acompanham o/a aluno/a. Estes professores sinalizam o/a aluno/a para uma avaliação em Terapia da Fala (a escola pode já funcionar em parceria com a saúde escolar e, neste caso, indica o técnico para fazer a avaliação e o acompanhamento, ou então também se pode dar o caso de existirem cercis/associações que têm parcerias com as escolas e que fazem a avaliação da criança; no caso de não se verificar nenhuma destas situações podem recorrer a qualquer terapeuta da fala externo à escola).
De seguida, os pais dirigirem-se a um Terapeuta da Fala e dizem que foram encaminhados por um professor de ensino especial justificando com as razões que lhes foram apresentadas a eles.

A escola é a responsável pelo encaminhamento de todo o processo para a segurança social portanto esse Terapeuta externo pode ir à escola que a criança frequenta, falar com o professor do ensino especial que acompanha a mesma, e expor a situação de querer pedir o subsídio, mas sempre duma forma particular e não agregada à clínica onde trabalha.

Após ser feita a avaliação em Terapia da Fala, é feito um relatório e preenchido um documento com a descrição do diagnóstico e a respectiva justificação para que a criança possa usufruir de Terapia da Fala. Este documento está na posse ou do Terapeuta da Fala ou do professor/a do ensino especial e tem de ser assinado por ambos, juntamente com o professor do ensino regular.

Posteriormente é a escola que envia este documento para a Direcção Geral de Educação da zona de residência, e esta por sua vez envia para a Segurança Social para ser aprovado.

Normalmente este subsídio é pedido no mesmo nome em que foi pedido o abono e família e é necessário que essa pessoa já desconte para a segurança social há mais de 6 meses, ou que receba o subsídio de desemprego.

Quando a Segurança Social aprova o caso, envia para casa dos encarregados de educação uma carta que pede fotocópias de alguns documentos comprovativos do IRS e despesas, assim como também da identificação da criança. Após reunir todos estes documentos, juntamente com outros que cabe ao Terapeuta da Fala fazer (custo e frequência das sessões), os pais têm de os ir entregar na segurança social. A partir desse momento fica a cargo do Terapeuta da Fala decidir se inicia de imediato o apoio ou se vai ligando para a Segurança Social para que esta lhe dê a informação de quando pode começar e quanto vai receber. Existem Terapeutas da Fala a trabalhar das duas formas.

Este pedido tem de ser renovado todos os anos lectivos.

No caso de não estar em situação escolar, é possível fazer Terapia da Fala através da médica de família, ou seja, pedir-lhe uma credencial que tem a validade de 15 dias e depois renová-la até serem obtidos os resultados pretendidos, no entanto pagam-se as taxas moderadoras / os pais da criança com necessidade de frequentar sessões de Terapia da Fala podem também dirigir-se pessoalmente à repartição da segurança social - necessidades educativas especiais, e pedir o modelo 50020, no entanto o processo de aprovação para o subsídio continua a passar pela escola, Direcção Regional de Educação da zona de residência e segurança social.
Existe também um número que a segurança social tem agora e que é o 808 266 266 (carregue na tecla 1 duas vezes - referente aos subsídios) para expor dúvidas relativamente a este assunto.

Esta informação foi-nos gentilmente cedida pelo Projecto Crescer & Aprender (o texto integral pode ser acedido em http://projectocresceraprender.blogspot.com/2009/04/o-subsidio-da-seguranca-social-e.html). Também existem mais informações fornecidas por pais com experiência neste campo na etiqueta deste blogue “apoio especializado”.
Aqui fica um espaço para partilha de dúvidas e experiências acerca deste tema.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

divulgação da disléxia

Boa noite a todos, sou a Estrela,

Aproveitando a ideia sugerida neste trabalho em" Divulgação da disléxia", venho propôr a todos os participantes e interessados sugestões de programas TV para podermos mandar emails solicitando um debate (pequeno ou grande) sobre disléxia .
Os participantes seriam psicólogo, terapeuta da fala, presidente de associação, membro do Governo e pais de crianças disléxicas.
Programas e ideias de escrita do email, eu ficaria encarregada de enviar.
Pensei em programas da manhã e da tarde, evidentemente o ideal seria Prós e Contras, mas temos que guardar a esperança de talvez ser aceite.
Um dos assuntos importante seria o Decreto-Lei 3/2008 no qual deveria existir uma alínea referente à disléxia para que todas as crianças disléxicas graves ou não , fossem inseridas no ensino especial.
Sobretudo que nos exames nacionais tivessem um júri adequado para as avaliarem correctamente.
Paula Campos e Marta conte com a vosso colaboração e de todos vós.
Obrigada.
Estrela.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Aplicações informáticas

Olá a todos,

Como o computador é sempre uma motivação para os mais pequenos e como combina o texto com áudio e imagem o que pode ajudar bastante no caso particular da dislexia, partilho aqui alguma informação que o Manuel Telles me cedeu acerca de programas que podem ser bons para as nossas crianças.

Em www.imagina.pt há aplicações com matérias dos diferentes anos lectivos, que embora não tenham sido criadas para crianças com dislexia, adaptam-se bem. Tem programas de matemática e leitura de histórias.

Em www.ataraxia.pt podem encontrar programas que ajudam a aceder à Internet via áudio e à leitura de livros de maior dimensão. Aqui também podemos encontrar para além de um programa que transforma os textos em som, ampliadores de quadros que se ligam ao computador e lupas.

Na www.electrosertec.pt há máquinas de calcular com som e livros áudio. Estes vendem também o aparelho de sistema daisy, que permite a qualquer criança dirigir-se a uma biblioteca municipal e requerer livros áudio.

Também neste momento com a revista SÁBADO estão a vender um cd muito bom - COLECÇÃO APRENDER - são jogos didácticos do 1º ao 4º ano por mais um euro com a revista. É adaptável ao MAGALHÃES e a revista sai à quinta-feira.

No Pingo Doce estiveram à venda uns livros áudio fantásticos com histórias para crianças (não sei se ainda estão).

Não tenho muitos conhecimentos acerca de programas específicos para dislexia, mas penso que qualquer aplicação informática que favoreça a leitura apelando aos vários sentidos ajudará.

Gostaria que deixassem as vossas sugestões de jogos ou outras aplicações informáticas que já tenham experimentado ou conheçam e achem que são úteis.

Cumprimentos a todos,
Carla

sábado, 18 de abril de 2009

Inicio este meu post com o necessário pedido de desculpas por só agora me apresentar. Sou a MJC e sou professora de Inglês e Alemão do 3º ciclo e secundário. A minha filha tem 10 anos (quase 11) de idade e frequenta o 5º ano de escolaridade numa escola pública.
Comecei a ficar alerta no início do 2º ano de escolaridade, quando a minha filha começou a escrever mais e os erros ortográficos começaram a ser muito frequentes, associados à troca de letras (p/b/t/q) e inversão da ordem das letras nas sílaba, bem como o "desaparecimento" puro e simples de certas letras ou sílabas na frase. A minha filha tinha um vocabulário bastante rico na oralidade, mas começou a revelar dificuldades na leitura, nomeadamente de palavras mais compridas, que ,na oralidade, utilizava com facilidade. Lia muito devagar e isso começou a notar-se a partir do momento em que começaram a surgir textos um pouco mais longos.
Comecei a procurar informação acerca de problemas de aprendizagem no 1º ciclo e, como já tinha ouvido falar de dislexia, iniciei pesquisas sobre o tema para tentar verificar se os "sinais" ou "sintomas" condiziam com o que observava na minha filha.
Em simultâneo fui falar com a professora dela e falei-lhe das minhas dúvidas ou desconfianças (como lhes queiram chamar). Sei que sou professora, mas entendo muito pouco de pedagogia ou didáctica de primeiro ciclo. Convenci-me que uma professora de primeiro ciclo, já com experiência de ensino, saberia melhor se o que eu notava na minha filha era "natural" num início de aprendizagem da língua ou não.
A professora foi peremptória: nada se passava digno de nota com a minha filha; era natural ela dar erros e trocar certas sílabas por estar ainda no início do segundo ano. O que ela tinha era um pouco de imaturidade e era um pouco distraída, mas isso ia passar com o tempo e com a continuação de frequência da escola e habituação à mesma.
Como eu continuasse a manifestar as minhas dúvidas e receio que fosse, de facto, algo mais - acrescentei a medo "quem sabe, dislexia ..." - a professora assegurou-me que não se tratava de tal coisa. Ela estava habituada a exercer como professora de ensino especial e tinha, inclusive, acompanhado crianças com dislexia no ano lectivo anterior, na qualidade de professora de ensino especial. Tinha a certeza que a minha filha não tinha esse problema!
Era certamente a minha deformação profissional a fazer-me ter "bichinhos" na cabeça, pensei eu. Mal! Muito mal, descobri mais tarde!
As coisas agravaram-se, à medida que os conteúdos foram ficando mais complexos e os textos mais longos ... Comecei a desconfiar do diagnóstico da dita professora e decidi tirar as coisas a limpo.
Falei com o pediatra da minha filha que me indicou uma pedopsiquiatra. Contactei a pedopsiquiatra, ela consultou a miúda, diagnosticou Q.I. acima da média e normalidade emocional ... mas encaminhou-me para uma colaboradora sua que era especializada em problemas de aprendizagem.
Três sessões depois fiquei com a certeza (que pouco feliz me deixou) que afinal eu estava certa desde o início: a minha filha tinha problemas de lateralidade e dislexia (mais ou menos isto, mas em termos mais técnicos).
Entretanto, comecei a falar com colegas minhas do ensino especial lá na minha escola e uma delas falou-me duma especialista que era doutorada na coisa ... :-(. Pedi o contacto e fui consultá-la com a minha filha.
A Professora Doutora Helena Serra confirmou o diagnóstico feito pela outra especialista. Adorei a sua simplicidade, a eficácia com que realizou o diagnóstico e a clareza com que me explicou o que se passava com a minha filha e que caminhos seguir para a ajudar.
Mais tranquila, mas com um nó no peito, decidi seguir em frente, agora com a certeza absoluta do que se passava com a minha filha. Tenho "esgravatado" muito e enfrentado muita falta de compreensão, mas a luta continua ... e vai continuar sempre, de cabeça erguida e com muito ânimo. Há algo que me custa imenso: sentir que não tenho o tempo suficiente para acompanhar a minha filha e que, neste país, há poucas ou nenhumas ajudas para os disléxicos.
Aqui fica a minha apresentação. Prometo mais pormenores se assim o desejarem ...

sexta-feira, 17 de abril de 2009

terça-feira, 14 de abril de 2009

Despistar sinais de disléxia

Boa noite a todos sou a Estrela,

É necessário, a meu haver, e deveria ser obrigatório pelo Ministério da Educação, podendo ser uma forma de combater o insucesso escolar, exames psicológicos a todas as crianças no prè-escolar(3-4 anos) para despistar sinais de disléxia ou de outra forma de perturbação de aprendizagem.
As crianças disléxicas ou com perturbação de aprendizagem são cidadãos de pleno direito, devem ser respeitados e não penalizados. Existe, a meu ver, uma grande falta de conhecimento sobre esta problemática a nível escolar e da sociedade em geral.
Eu sei que estes exames são uma utopia, mas seria um sonho para mim se transformassem em realidade, todos juntos podemos conseguir, as nossas crianças têm capacidade suficiente para conseguirem tudo o que querem e nós também.
Estrela

Pais, os principais “especialistas”

Cada pessoa é única e diferente e, como tal, não existem receitas universais e infalíveis para qualquer actividade que envolva o ser humano. Assim, não há na educação nem, consequentemente na dislexia, caminhos certos e adequados a todos. Sendo a família o elemento que melhor conhece a criança, os pais tornam-se muitas vezes importantes “especialistas” na identificação das estratégias e medidas que têm melhores resultados com os seus filhos.

Já aqui partilhamos algumas estratégias que podem ajudar a ultrapassar as dificuldades específicas da dislexia. Como iniciamos agora a semana de regresso ao trabalho e também à escola, propunha que cada um partilhasse os pequenos grandes “truques” que vai utilizando com os seus filhos (por exemplo, que tipo de leitura - silenciosa ou em voz alta – parece ser a mais adequada, que reforços/ elogios são os mais efectivos, etc.)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Boa Páscoa

Votos de uma feliz Páscoa com muitas amendoas e harmonia!
Desejo que disfrutem deste momento em família e que a pausa ajude a "recarregar baterias" para um bom regresso ao trabalho!

Cumprimentos a todos,
Carla.

sábado, 4 de abril de 2009

Divulgação da dislexia

Boa noite a todos,

Aproveitando a visita da Gleice (na etiqueta "apoio especializado") deixo um vídeo que ela sugeriu para que todos possam visualizar mais facilmente.
É uma reportagem de um programa televisivo brasileiro.
Penso que é muito importante os meios de comunicação fazerem este tipo de divulgação pois ajuda a que a “dislexia” se torne mais familiar para o público em geral e, assim, contribuí para o aumento do conhecimento de todos acerca do assunto.




Antes de ser diagnosticada a dislexia nenhum pai tem muitos conhecimentos acerca do assunto, será que a escola e a comunicação social deveriam ter um papel mais activo na sua divulgação?
Consideram que se a dislexia tornasse um assunto mais divulgado, pais e professores estariam mais preparados para entender as dificuldades e activar o apoio necessário às suas necessidades específicas?