quarta-feira, 11 de março de 2009

Apresentações

O meu nome é Carla Maia, sou professora de português e inglês e, como sabem, estou a desenvolver um estudo sobre as TIC e a Dislexia. No primeiro ano em que dei aulas, tinha 22 anos e nunca tinha ouvido falar em dislexia. Nesse ano tive um aluno com muitas dificuldades semelhantes às de um quadro de dislexia, contudo, pelas circunstâncias, inexperiência e falta de conhecimento, não soube como ajudá-lo...

Felizmente, o panorama hoje é já bem diferente e espero que nós, que estamos aqui a debater o assunto, possamos contribuir para um futuro ainda melhor!

Assim, para que esta família que agora se está a formar se conheça melhor, sugiro que se apresentem também (por ex.: nome, idade do filho, ano de escolaridade, a partir de que momento se começaram a aperceber das dificuldades e o que mudou a partir daí na rotina familiar... e outras informações que queiram partilhar).

42 comentários:

  1. Olá Carla
    Obrigada pelo convite para partilhar minha opinião sobre "o meu filho tem dislexia".

    Actualmente o meu filho tem 11 anos e frequenta o 6º ano.

    Só quando o meu filho deu entrada no ensino primário, me apercebi do seu problema.
    Falei com a professora e ambas ficamos mais atentas.
    Logo nas primeiras lições, apercebi-me que ele trocava as letras, especialmente o "v";"F";"T", e derivado a essa disficuldade, ele decorava as palavras e nunca as lia. ´Nessa altura era fácil, porque as palavras eram ajudadas por imagens.
    Por isso ele só tinha de memorizar as imagens.
    Essa mesma profesora, Dª Ana Maria, arranjou-me cadernos de exercicios para a dislexia e o meu filho lá foi fazendo alguns.
    Entretanto, pedi uma consulta nessa area, o meu filho foi encaminhado para o Hospital S.João, e passou a ser seguido (só algumas consultas) pelo Prof.Dr Paulo Almeida.
    Este confirmara que o meu filho tinha um nível de dislexia muito baixo e após alguns exercios ... achou que não valia a pena continuar pq ele tinha um bom desenvolvimento .
    Na altura, referiu que se precisasse , mais tarde, para recorrer a ele.

    Entretanto, habituei-me mesmo à ideia, que era algo de mínimo, e esperar que com o passar da idade, tudo se resolvesse e não tivesse passado dum problema de infância.

    Agora, estou consciente que o caso não é assim tão pequeno, e quando vejo os trabalhos dele em português, constato que sim, o meu filho precisa de ajuda.

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  2. Boa Noite o manuel t tem 8 anos, está a frequentar o 2 ano e já repetiu o 1 ano uma vez .
    Já mudou de escola 3 vezes porque os professores não estavam á altura do problema.
    O manuel tem Dislexia Desortografia Descalculia e deficit de atenção.
    Tem sido acompanhado na clinica da Dra Paula Telles onde tem feito grandes progressos.
    Desde que descobri que o meu filho tem estes problemas tenho feito muita pesquisa nesta area de intervenção e considero fundamental para estas crianças um acompanhamento diario para poderem atingir um nivel minimo de conhecimentos . Acho fundamental a introdução do computador com peça chave no desenvolvimento da aprendizagem de matérias que sem ele dificilmente poderiam aceder. Quando falo de computador falo de um programa especial para dislexicos em que tudo o que eles escrevem se reconverte em audio , e como o meu filho ainda não consegue ter autonomia na leitura penso que será a unica forma de se tornar mais independente.
    Outra area interessante são os audio livros que atravez do sistema Daysi podemos aceder a bastantes temas.
    Tenho fumentado bastante a leitura no meu filho porque acredito que só com muito trabalho é que se poderá atingir algum objectivo.
    O Manuel escreve fonéticamente e com muitas inverções de letras eu consigo ler os textos e ele tambem , mas os erros são tantos que nem consigo imaginar como ,e se vamos conseguir superar esta situação.
    Lamento que neste país os pais saibam mais sobre dislexia que os professores .Até breve

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  3. Berta: Sou Mãe de um menino de 8anos que tem dislexia, ficou retido no 2ºano porque não lia correctamente, tem sido muito difícil só com a ajuda da drª Sofia Psicóloga é que conseguimos descobrir o que se passava e ajudá-lo, tem feito progressos mas com muita calma pois desmotiva fácilmente. Tambem tenho recorrido a muita imformação através da internet porque pela escola nem penssar,. Até breve

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  4. Olá,
    O meu filho, Zé, tem oito anos e ficou retido no 2º ano. Ainda tem muita dificuldade em ler, tanto palavras como números, pois inverte a ordem das letras e dos algarismos. A falar, acaba por se tornar muito engraçado, troca palavras que têm o mesmo som mas com sentido diferente, ou aumenta as palavras por ex: vavião(avião); malmofada(almofada).
    Comecei a sentir que era uma criança diferente por volta dos quatro anos pois não conseguia saber as cores, e falava "à bebé", sem pronunciar correctamente as palavras. Era também muito irrequieto e rápido nos movimentos. Quando entrou para o 1º ano teve uma adaptação muito difícil, era constantemente chamada pela professora. Fui com ele a uma consulta de psicologia, depois de pedopsiquiatria e não detectaram nada a não ser imatturidade...
    No ano passado fui a Coimbra ao Doutor Luis Borges que identificou dislexia e hiperactividade com déficit de atenção. A partir daí toma Ritalina e é seguido pelo mesmo médico e pela Dra Isabel. Melhorou mas ainda há um longo caminho pela frente. Tenho dificuldade em acompanhá-lo mais em casa, ou porque chego tarde ou porque o Zé já está cansado...

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  5. Bom dia,

    Estava à procura de informação sobre dislexia quando vi o anúncio deste blog no clube dos pais e gostava muito de falar com outros pais também. A minha filha anda no 3ºano e desde o 1º tem tido muitas dificuldades mas só este ano soubemos que era dislexia. Ainda estamos à espera de professora de apoio mas gostava que me dissessem o que posso fazer em casa. Como se chama o programa audio que o Manuel Telles fala? Como fazem para treinar a leitura (a minha filha nunca quer ler e começa a fazer birras sempre que tento)? Também chego a casa tarde e já estamos as duas cansadas...Gostaria que me ajudassem porque não sei o que fazer com a Sara e não posso ir a consultórios particulares.

    Obrigada,
    Marta

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  6. Boa tarde. Espero que consigam ajudar outros pais e famílias. Muitos parabéns pelo blog e pela ideia!

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  7. Obrigada Sónia pela sua intervenção. Esperamos que nos volte a visitar e partilhar algumas das suas experiências connosco.

    Carla Maia

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  8. Boa noite,
    Segundo a Dra Isabel, que segue o Zé, antigamente os alunos com dislexia apresentavam menos problemas porque se o aluno errasse a professora mandava corrigir várias vezes a mesma palavra. Assim, uma estratégia é escrever palavras que repitam o mesmo som e escrever uma frase para cada palavra de modo a fazer sentido para a criança.
    Até breve
    Cristina

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  9. b
    Boa noite a todas, sou Estrela gostei muito de ler todos os vossos comentários uma coisa é certa nunca desistem de ajudar os vossos filhos a força para isso está dentro de nós temos que lutar a nívél da escola a nivél das instituições.
    Tenho um filho, o Rafael, de 19 anos anda no 12ºano, na primária as professoras disseram que o Rafael tinha falta de vista, lá fui eu ao oftalmologista, não era isso, falta de ouvido talvez lá fui eu ao otorrino, não era, por conta própria fui ao psicólogo infelismente o resultado foi disléxia auditiva. A pior maneira pela qual um disléxico pode aprender a ler é pelo método natural deve-se utilizar sempre o método analítico-sintético, deve procurar fazer muitas cópias ou no computador normal ou numa máquina de escrever antiga, comprei também letras do alfabeto de cores várias, letras soltas, na loja do chinês para fazer ditados TODOS OS DIAS, o canssaço não é desculpa, anota-se todas as palavras em que o miúdo erra em seguida dita-se. Dá muito trabalho, eu sei, por ex. enquanto eu fasso o jantar dito ao Rafael as palavras que anotei e ele com as letras soltas escreve se estiver errada cinco minutos depois repete intercalada com as outras. Nunca deixar de os incentivar, dizer sempre que ele é capaz que é igual aos outros meninos e que vai conseguir, os disléxicos são pessoas tão inteligentes ou mais ainda que os não disléxicos, a disléxia não têm nada haver com inteligência, só que no caso do disléxico a inteligência está latente é como um diamante bruto temos que passá-lo a puro e aí temos que incentiva-los mesmo dando por ex. um rebuçado, chocolate ou algo de que gostam muito quando conseguem escrever uma palavra bem , podemos também dar o ex. de José Saramago que sendo disléxico é o nosso Nobel de Literatura, uma prova que disléxia não têm nada haver com a inteligência. Disléxia vem do grego distúbio da linguagem e dura toda a vida, pode ser melhorada evidentemente com muito muito trabalho da parte dos pais não de escola porque todo o apoia que a escola pode dar é só teoria nunca prática porque não há em Portugal professores especializados em disléxia, mesmo assim recomendo aos pais uma grande luta como eu tenho feito na escola e na Direcção Regional de Educação para o meu filho ser integrado no Decreto-Lei 3/2008 que revoga o D.L.319 onde o Rafael estava inserido para continuar a desfruir do estatudo de disléxico sobre tudo nos exames. A meu ver nunca se devia dar medicamentos a criança disléxica hiperactiva na minha opinião são drogas e pode atrasar o desenvolvimento intelectual. Podemos pedir ajuda a um terapeuta da fala com conhecimento de disléxia que queira mesmo ajudar, o Rafael teve esse acompanhamento e melhorou bastante, não precisa ter meios para pagar é só preencher com ajuda do terapeuta todos os documentos necessários para entregar na Segurança Social e ser a própria Segurança Social a pagar ao terapeuta. Peço desculpa pelo meu mau português, mas sabem eu português não sei falar algarvio e mal. Até á próxima o nosso lemo é nunca desistir de ajudar os nossos filhos.

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  10. Boa tarde a todos. Sou psicóloga e aproveito para enfatizar que dislexia não é sinónimo de falta de inteligência, antes pelo contrário. Também é certo que por vezes se diagnostica dislexia quando a criança tem défice cognitivo ou vice-versa, por isso é tão importante que o exame psicológico seja detalhado e feito com os instrumentos adequados. A dislexia é uma dificuldade que exige muita persistência, paciência e tempo, tanto para pais como para filhos. O diagnóstico precoce é fundamental, para que não sejam efectuadas intervenções desnecessárias ou erradas. Algumas estratégias podem ser sempre úteis: ler todos os dias, fazer ditados, arranjar truques para ultrapassar os erros mais comuns, treinar a caligrafia (como fazíamos antigamente com os caderninhos de 2 linhas), treinar a linguagem/articulação (recorrendo a uma terapeuta da fala). A insegurança e a ansiedade também devem ser trabalhadas, assim como os métodos de estudo e a organização. E já agora, aqui fica um apelo aos pais: invistam na autonomia da criança e não façam os trabalhos escolares por ela!

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  11. Repetindo o meu comentário não quero deixar de voltar a enviar o mesmo, pois creio que todas as opiniões são importantes.

    E mais importante eu tenho 37 e também sou dislexico, apesar de só agora com a situação da minha pequenita ter percebido isso.

    Sou pai de uma menina com 7 anos e a qual apresenta uma dificuldade de aprendizagem, devido ao facto de ter dislexia.

    Tenho desde de Janeiro de 2008, altura em que foi diagnosticada a Dislexia na minha pequenita, vindo a tentar obter informação sobre o que é a dislexia e em simultâneo vindo a desenvolver um trabalho de pesquisa sobre o mesmo tema.

    Desde que foi diagnosticada a Dislexia à minha pequenita ela tem recebido apoio especial, num gabinete de psicologia, em Benfica, pela excelente Dr.ª Sofia, e posso dizer que temos obtido grandes resultados escolares, no que diz respeito à capacidade de aquisição de conhecimentos e de métodos de trabalho que a minha pequenita conseguiu ganhar.

    O método utilizado é uma conjugação de vários métodos e técnicas existentes e criadas por vários psicólogos, nacionais e estrangeiros, especializados nesta área.

    No entanto tenho tido uma dificuldade enorme em obter qualquer tipo de informação e ou apoio nos organismos e ou entidades em Portugal.

    Salvo através de alguns, e digamos desde já, excelentes profissionais que se dedicam a esta causa, tais como a Psicóloga que acompanha a minha filha, Exma. Sr.ª Dr.ª Sofia Alves, tal como a Dr.ª Paula Teles, que não teve medo de publicar os seus trabalhos e métodos, para que outros profissionais pudessem também usufruir destes, o que não é normal neste país, e não, não tenho nada a ganhar com esta publicidade, e para todos os outros profissionais que ajudam diariamente as nossas crianças.

    No entanto quero deixar aqui a minha mensagem de desagrado e digamos negativa, esta minha mensagem é apenas uma opinião pessoal, que se calhar também é partilhado por outros pais de crianças com o mesmo diagnostico da minha pequenita.

    Assim quero falar um pouco da Associação Portuguesa de Dislexia, que tem uma actividade quase inexistente, no que se refere à divulgação do problema junto de todas as escolas do país, esta associação é basicamente um feudo de 2 ou 3 profissionais que se dedicam a ganhar dinheiro através da realização de 1 ou 2 Workshops por ano e pouco mais.

    Esta Associação para dar qualquer apoio solicita que nos tornemos associados, para tal requer um pagamento de 30€ por cheque, enviado para a sede da mesma, a qual tem como descrição dos seus corpos sociais uma única Professora Dr.ª, que não meto em causa a sua honestidade e ou capacidade profissional, apenas faço um desafio a todos vós para visitarem a página da Associação Brasileira de Dislexia, ai sim vão ver que é uma verdadeira Associação http://www.dislexia.org.br/ .

    Esta Associação não apresenta qualquer relatório de actividade e ou explicação sobre a forma que aplica o capital recebido, quer sobre a forma da cotas de associados e ou das actividades que desenvolve, com os capitais recebidos.

    Se calhar estou a ser injusto mas baseio-me na informação disponível na página oficial desta Associação.

    Espero que esta minha mensagem choque alguns de vós e nos leve a todos a pensar um pouco mais no que temos ainda por fazer no nosso país, sim eu sou Português e não quero ficar apenas pelas criticas, quero usar o que existe de bom e fazer alguma coisa pela minha pequenita e por este nosso país.

    Quero que as nossas crianças que têm um elevado potencial e um QI, em média, muito elevado, sejam capazes de vingar no futuro, temos que nos consensualizar que o futuro do país pode estar nas mãos destas nossas crianças, vejam os exemplos de pessoas extraordinárias a nível mundial, que tinham dislexia.

    Vamos de uma vez por todas mostrar a experiencia individual, que de certo todos nós temos.

    Vamos de uma vez por todas trocar as experiencias obtidas, através dos vários métodos e técnicas que usamos com os nossos filhos.

    Vamos com todas estas iniciativas e outras todas que existirem dar apoio aos pais das crianças deste país que não tem conhecimento e ou meios financeiros para apoiar as suas crianças.

    Organizemo-nos numa verdadeira Associação, sem qualquer fim lucrativo e livre de preconceitos e ou condicionalismos de filiação monetária.

    Vamos de uma vez por todas organizarmo-nos numa Associação Portuguesa de Pais de Crianças Disléxicas.

    Não quero terminar sem deixar um muito obrigado à autora deste blogue que está a dar o exemplo a todos nós, está a tomara a iniciativa e a fazer algo.

    Obrigado,

    Marcos.

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  12. Acho a ideia de criar uma associação de pais bastante válida e importante para os nossos filhos. Acho que temos que nos juntar para os podermos ajudar visto que este País está muito atrazado nesta matéria. Se copiarmos o que já tem sido feito em Inglaterra e nos EUA por exemplo estou certa que já estariamos a contribuir para que as nossas crianças fossem mais felizes.
    Considero fundamental que as crianças tenham um apoio especializado e sou da opinião de que deveriam frequequentar a primária numa escola para dislexicos , onde os professores eram todos formados nesta area ,e as crianças seriam acompanhadas ao nivel das suas dificuldades .
    Acho que com este tipo de escola evitavamos expor as crianças a tantas fustrações.Escusado será dizer que o estado deveria partcipar financeiramente neste projecto .
    Defendo tambem que as crianças devem utilizar programas informáticos para dilexicos , em portugal não praticamente nada mas nos outros países é só escolher.
    Se precirem de informação sobre programas digam.

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  13. Venho desta forma colocar um endereço de e-mail disponível para todos os que estiverem interessados em começar a conjugar esforços para levar à vante esta ideia.

    Endereço de e-mail: pais.empenhados@netcabo.pt

    Este endereço de e-mail tem como objectivo centralizar os contactos de todos aqueles que, como mencionei anteriormente, em participar nesta ideia / projecto.

    Agradeço que enviem os seguintes dados:

    Vosso nome: (primeiro e ultimo).

    Idade da crianças ou crianças que acompanham e ou são encarregados de educação e que tem dislexia: (atenção só a idade, não enviem por favor nomes nem outros detalhes).

    Vossa disponibilidade para poder participar em encontros e ou reuniões de apresentação e ou preparação: (dias da semana e horário preferencial).

    Endereço de e-mail: (para onde pretendem que seja enviada informação sobre as actividades a desenvolver).

    Dados que nunca devem de enviar:

    Para este e-mail e ou outros que sejam indicados em nome deste projecto.

    Morada;

    Números de telefone;

    Nomes das crianças;

    Fotografias vossas e ou das crianças;

    Números de contas bancárias e ou outro tipo de informação financeira;

    Comunicações:

    Com o devido respeito solicito a autorização da autora deste blogue para permitir que continuemos a usar este espaço para poder-mos informara sobre todas as iniciativas sobre esta ideia.

    Todas as actividades a ocorrer deveram de ser sugeridas neste blogue e os dados e localização enviados à posteriori para o e-mail pais.empenhados@netcabo.pt, a partir deste e-mail comprometo-me a reenviar toda a informação recebida, sobre actividades sugeridas e ou em decurso, a todos os que disponibilizarem os dados acima solicitados.

    Um “bem-haja” para todos os que quiserem participar neste projecto e um “espero por vós” para aqueles que nesta fase queiram esperar um pouco mais ou tenham algum receio.

    Estou disponível para poder passar informação que tenho disponível sobre a dislexia, alguns exemplos de métodos disponíveis no momento e de outros em estudo.

    Obrigada pela vossa atenção,

    Marcos.

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  14. Marcos,

    A sua iniciativa é de todo o interesse, sendo um privilégio que este blogue sirva também de suporte a este movimento, nomeadamente que se constitua como uma forma de partilharem os vossos conhecimentos e experiências.

    Com os meus melhores cumprimentos,
    Carla Maia

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  15. Gostaria de saber mais promenores sobre a terapia da fala na dislexia , e se me aconselham alguma terapeuta na zona de Lisboa a Cascais.
    cumprimentos

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  16. Clinica Dasein.
    Rua Julião Quintinha, 1-C
    Benfica.
    1500-381 Lisboa

    Perto do Fonte Nova, contacto Dr.ª Sofia Alves da Silva.

    Tel: 21 714 43 12

    Como referencia pode utilizar que a indicação foi dada por Marcos Amaro

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  17. Para: CSM.

    Um muito obrigado e eu é que estou grato pela sua iniciativa que permitiu esta abordagem e abriu e está a abrir portas à divulgação deste projecto.

    Cumprimentos,

    Marcos

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  18. O que ajuda a criança disléxica em casa:

    1 - Dividir a lição em partes para cansar menos e a produção ser maior.

    2 - Alguém deve estar ao lado para ler os enunciados ou explicá-los, caso a criança tenha dúvidas.~

    3 - Dividir a leitura de livros com a criança: a criança lê uma parte e a mãe (ou pai irmão, etc.) outra, depois a criança novamente. Começar a leitura do livro muito antes da data da avaliação para se ter tempo para a leitura de pequenas partes.

    4 - Procurar livros, sites etc. que demonstrem através de figuras, desenhos, esquemas a matéria de forma concreta para facilitar a compreensão.

    5 - Alugar filmes que retratem questões históricas ou literárias que estão a ser estudadas na escola, também ajudam na compreensão. .

    6 - Valorizar os acertos da criança e não destacar somente os erros. Não somente em assuntos relacionados à escola como também no dia a dia.

    7 - Observar a criança e perceber o que para ela funciona melhor: estudar à tarde, pela manhã ou à noite; sozinha ou acompanhada; fazer intervalos de 15 minutos ou meia hora, etc. Cada criança é diferente da outra e com os disléxicos também funciona assim.

    8 - Falar com a criança quando ela estiver com atenção voltada para si. Caso contrário pedir para que olhe para si para ter certeza que ela irá "ouvir" o recado.

    9 - Conversar com a coordenação da escola e verificar a disponibilidade para atender às necessidades da criança quanto à prova oral, provas alternativas, etc., conforme relatório entregue.

    10 - Propiciar o acompanhamento indicado no relatório para melhor evolução do desempenho escolar.

    11 - Não corrigir sistematicamente erros da escrita e disnomias (trocas de palavras).

    12 - Demonstrar amor, carinho e aceitação, incentivando à superação das dificuldades.
    Fonte: Associação Brasileira de Dislexia.

    Esta informação é dirigida aos “Pais Empenhados” que tenham algumas dificuldades no apoio ás suas “Estrelas de Luz”.

    Sempre disponivel,

    Marcos

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  19. Antes de mais nada, queria congratular a Dr.ª Carla Maia pela iniciativa da criação de um espaço desta natureza para partilha, discussão e análise de casos de dislexia. Bem haja, colega.
    Sou professor de Língua Portuguesa, na Escola Secundária Antero de Quental, Ponta Delgada, há dez anos, e tenho verificado um acréscimo significativo de alunos a quem é diagnosticado dislexia. Como professor de língua materna e não tendo qualquer formação específica no âmbito de apoio a alunos disléxicos, iniciei um estudo pessoal sobre o assunto. Fiz algumas acções de formação específicas, sendo que uma se encontra publicitada na página oficial da Associação de Professores de Português. Enquanto formador de professor, criei uma acção de formação intitulada «A dislexia na clínica da Língua Portuguesa», onde se pretende que os professores de Português possam desenvolver estratégias para superar ou diminuir esse handicap de aprendizagem.
    Atendendo a que esse blog se destina a uma comunidade diversificada de usuários, deixo aqui duas referências bibliográficas que acho serem indispensáveis para quem se debate com a dislexia. Para pais e educadores:
    1) Frank, Robert & Livingston, Kathryn 2004, Como apoiar um filho disléxico, Lisboa: Editorial Estampa.
    2) Shaywitz, Sally 2008, Vencer a Dislexia. Como dar resposta à perturbações da leitura em qualquer fase da vida, Porto: Porto Editora.

    As minhas saudações,
    Rui Miguel Ventura do Couto Tavares de Faria

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  20. Mensagem para Dislexicos:

    Fonte: Associação Brasileira de Disléxia.



    "Alguns dos grandes contribuidores da nossa sociedade eram "grandes mentes" como você!

    Agatha Christie
    Albert Einstein
    Alexander Pope
    Amy Lowell
    Anwar Sadat
    Auguste Rodin
    Ben Johnson
    Beryl Reid (atriz inglesa)
    Bruce Jenner
    Charles Darwin
    Cher (cantora)
    Darcy Bussel (bailarina inglesa)
    David Bailey (fotógrafo inglês)
    David Murdock (financiador)
    Dexter Manley (jogador de futebol americano profissional)
    Don Stroud (ator/campeão mundial de surf)
    Duncan Goodhew (campeão de natação)
    Franklin D. Roosevelt
    General George S. Patton
    George Washington
    Greg Louganis
    Hans Christian Anderson
    Harry Belafonte
    Harvey Cushing (pai da cirurgia neurológica moderna)
    Henry Winkler
    Jackie Stewart (piloto de corridas)
    John Rigby (dono de parque temático)
    Joyce Bulifant (atriz)
    Julius Caesar
    King Constantine of Greece
    Lawrence Lowell
    Leonardo DaVinci
    Leslie Ash (atriz inglesa)
    Lewis Carroll (autor)
    Lindsay Wagner
    Lord Addington
    Loretta Young
    Margaret Whitton
    Margaux Hemmingway
    Mark Stewart (ator/filho de Jackie Stewart)
    Mark Twain
    Michael Barrymore (comediante)
    Michael Hesetine
    Michaelangelo
    Napoleon
    Nelson Rockefeller
    Nicholas Brady (US Secy Treasury)
    Nicholas Bush (Filho do presidente EUA)
    Nicholas Parsons (Ator inglês)
    Nicola Hicks (Escultora Inglesa)
    Oliver Reed (Ator Inglês)
    Pablo Picasso
    Paul Stewart (Piloto de corridas/Filho de Jackie Stewart)
    Peter Scott (pintor)
    Raphael
    Richard Chamberlain
    Richard Rogers (Arquiteto inglês)
    Rob Nelson (Jogador de baseball profissional)
    Robin Williams
    Roy Castle (Ator inglês)
    Sarah Miles (Atriz inglesa)
    Sir Francis Bacon
    Sir Joshua Reynolds
    Sir Phil Harris (do Harris Queensway)
    Sir Winston Churchill
    Stanley Antonoff, D.D.S.
    Stephen J. Cannell
    Susan Hampshire (Atriz inglesa)
    The Earl of Yarmouth
    The King of Norway
    Thomas A. Edison
    Tom Cruise
    Tom Smothers
    Vincent VanGogh
    Walt Disney
    Whoopi Goldberg
    Willard Wiggins (Escultor)
    William Butler Yates
    Woodrow Wilson

    Você também pode ser um gênio!"

    Isto é verdade por isso para todas as "Estrelas de Luz" é importante elas saberem desta informação, pode ser uma motivação extra para irem mais além.

    Marcos e Carla Amaro

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  21. Para Manuel Telles:

    Podia-me indicar o nome do software próprio para disléxicos? Acho que o meu principal obstáculo é a desmotivação da minha filha e gostava de tentar alguma coisa no computador pois ela gosta muito.

    Obrigada,
    Marta

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  22. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  23. Caro colega Dr. Rui Faria,

    Agradeço-lhe as suas generosas palavras e as sugestões de leitura que nos deixou. Aproveito para expressar o meu entusiasmo relativamente à Formação que criou dirigida a professores. Acredito que a formação na área da dislexia é essencial para os professores de língua materna (se não para todos), e por isso deveria ser disponibilizada em todas as escolas. Assim, gostaria, se possível, que nos fosse deixando novidades acerca da possível extensão desta formação a todo o país.

    Os meus melhores cumprimentos,
    Carla Maia

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  24. Boa noite, sou a Estrela, quero fazer uma contra proposta ao Senhor Marcos. Sei que não vai gostar do que vou dizer-lhe, mas não tem importancia porque eu gosto de si, sabe porquê? Porque participa no nosso blogue e é dinâmico e interessado.

    Comprendo a sua frustração e a sua revolta em relação ao muito pouco apoio e informação que existe sobre a disléxia.
    Não comprendo é a critica sevéra que dirige á APDIS (Associação Portuguesa de Dislexia), a Srª Drª é uma excelente pessoa e profissional sempre pronta a ajudar. Tive contactos com a Srª Drª ajudou-me imenso sem pedir não em troca, criticar é muito fácil fazer melhor é que é mais dificíl Sr. Marcos. A APDIS é uma Associação relativamente jovem (constituida em 2000) antes desta data ninguém tinha pensado nos Disléxicos! E certamente o Sr. se não tivesse agora a sua pequenita com dificuldades de aprendizagem certamente que não pesava nos Disléxicos, não é ? Quem deve pensar nos disléxicos e criar estruturas para motivar, incentivar os alunos com disléxia não o faz, antes pelo contrário ,cria Decretos-Leis para descriminar os disléxicos nas escolas e nas avaliações de exames nacionais com o objectivo de não gastar mais alguns centimos, estou a referir-me ao Estado Português é por essa razão que é tão dificíl neste momento obter apoio nas escolas. Isso Sr. Marcos não critica? Só sabe criticar a parte mais fraca que se debate sózinha contra todos?

    Agora já chega de conversa, vous fazer-lhe a minha proposta:

    em vez de criar numa nova Associação porque não nos juntarmos á APDIS (tudo isto no condicional se a Srª Drª o deixar, mas acho que sim)
    estamos cada participante deste blogue a um canto de Portugal podemos cada um representar a APDIS na nossa região só temos vantagens nisso:

    já temos uma associação constituída, já não precisamos de fazer escritura em Notário nem gastar mais dinheiro em papelada

    temos uma excelente profissional conhecedora do caso que nos ajuda a ajudar os pais e os alunos, falo de Srª Drª,

    todos juntos formamos uma Associação mais forte com mais meios humanos, mais iniciativas

    Não é só no estrangeiro que existem "coisas" boas, a qui no nosso País também, temos que lutar todos juntos para conseguir dar uma aprendizagem, um futuro melhor aos nossos filhos disléxicos e lutar contra os que os querem descrimina-los e pôr o futuro deles em risco. só todos juntos é que vamos conseguir.

    Está muito zangado comigo Sr. Marcos ou nem por isso!
    Até á próxima, (não se zangue) . Estrela

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  25. Venho desta forma pedir o direito de resposta:
    No seguimento do texto da Estrela (não sei se nome próprio ou nick name no blogue), venho esclarecer alguns pontos que apresentou na sua resposta de desagrado, a qual aceito, fazendo apenas umas correcções a algumas não verdades ai mencionadas.

    Assim e para facilitar a correcção das não verdades utilizo o seu texto para ser mais fácil a correcção dessas não verdades.
    “(…) Comprendo a sua frustração e a sua revolta em relação ao muito pouco apoio e informação que existe sobre a disléxia.
    Não comprendo é a critica sevéra que dirige á APDIS (Associação Portuguesa de Dislexia), a Srª Drª é uma excelente pessoa e profissional sempre pronta a ajudar. “
    1ª Não verdade:
    Correcção: Em ponto algum coloquei a integridade e ou a excelência profissional e ou pessoal da Exma. Sr.ª Dr.ª leia-se o meu texto que diz:
    “(…) a qual tem como descrição dos seus corpos sociais uma única Professora Dr.ª, que não meto em causa a sua honestidade e ou capacidade profissional,(…)”.
    “Tive contactos com a Srª Drª ajudou-me imenso sem pedir não em troca,”
    2ª Não verdade:
    Correcção: Em ponto algum mencionei que a Exma. Sr.ª Dr.ª me tivesse pedido qualquer dinheiro e outra coisa qualquer, o que eu digo é que eu baseio-me na informação disponível na página oficial desta associação, leia-se o meu texto que diz:
    “(…) Esta Associação para dar qualquer apoio solicita que nos tornemos associados, para tal requer um pagamento de 30€ por cheque, enviado para a sede da mesma,(…) Esta Associação não apresenta qualquer relatório de actividade e ou explicação sobre a forma que aplica o capital recebido, quer sobre a forma da cotas de associados e ou das actividades que desenvolve, com os capitais recebidos.
    Se calhar estou a ser injusto mas baseio-me na informação disponível na página oficial desta Associação.”
    “(…) criticar é muito fácil fazer melhor é que é mais dificíl Sr. Marcos.(…)
    3ª Não verdade:
    Correcção: Fazer melhor não é difícil, como prova disso uso o trabalho apresentado neste mesmo blogue e em todos os outros existentes onde o assunto é debatido, isto é exactamente muito mais do que foi feito até agora por qualquer entidade oficial.
    (…) A APDIS é uma Associação relativamente jovem (constituida em 2000) antes desta data ninguém tinha pensado nos Disléxicos! E certamente o Sr. se não tivesse agora a sua pequenita com dificuldades de aprendizagem certamente que não pesava nos Disléxicos, não é ?”
    4ª Não verdade:
    Correcção: Tal como eu mencionei “Eu Sou Disléxico há 37 anos” e desde dos meus 23 anos, altura em que pela primeira vez ouvi falar deste assunto, ou seja desde 1995, que me dedico a este tema, porque tal como muitos outros Portugueses eu sofri na pele os efeitos deste problema.
    Não sei se também é o seu caso?
    “Quem deve pensar nos disléxicos e criar estruturas para motivar, incentivar os alunos com disléxia não o faz, antes pelo contrário ,cria Decretos-Leis para descriminar os disléxicos nas escolas e nas avaliações de exames nacionais com o objectivo de não gastar mais alguns centimos, estou a referir-me ao Estado Português é por essa razão que é tão dificíl neste momento obter apoio nas escolas. Isso Sr. Marcos não critica? Só sabe criticar a parte mais fraca que se debate sózinha contra todos?”
    5ª Não verdade:
    Correcção: Tal como eu mencionei no meu texto “(…) No entanto tenho tido uma dificuldade enorme em obter qualquer tipo de informação e ou apoio nos organismos e ou entidades em Portugal. “
    Organismos e ou entidades em Portugal é geral e não particular e no geral encontra-se claro o estado na forma de todos os organismos governamentais e não governamentais, apenas não entro na vertente politica da questão para não perder a razão.
    E não me parece que a parte mais fraca esteja sozinha, mas simplesmente só.
    Quanto ao resto do seu texto não comento pois é uma questão pessoal, apenas digo que no projecto, o qual iniciei e que felizmente já está em movimento, com uma elevada adesão de pais e de profissionais, não existe qualquer questão “talvez se alguém deixar”, esta é a diferença e é pela diferença que este projecto existe.
    No entanto não excluímos a adesão ao nosso projecto da Associação Portuguesa de Dislexia, pois nunca é demais existir muitas entidades e ou grupos de trabalho a lutar pelos mesmos objectivos, apenas este movimento não está disposto a desistir agora nem a limitar-se ao ritmo daquilo qua até agora tem feito.
    Só mais uma coisa agradeço a sua preocupação com os custos de criar mais uma associação, a qual ainda não sei se vai ser formada, pois por vezes os grupos informais produzem mais do que os oficiais, veja-se este blogue que é um excelente exemplo disso e ao qual mais uma vez dou os meus parabéns, mas caso isso venha a acontecer e caso o queiramos posso mencionar que tínhamos desde já o aopio de várias entidades para tal, mas antes de criar cargos, estatutos e outra qualquer coisa, queremos apenas trabalhar no sentido de conjugar pais de “Estrelas de Luz” em volta de um objectivo comum que é apoiar, ajudar, estar ao lado e estar com as “Estrelas de Luz” e as suas famílias.
    Carla:
    Desculpe esta minha participação e mais uma vez falar no projecto que foi inicialmente falado no seu blogue, mas não pode deixar de responder a algumas incorrecções, faltas de verdade, ditas sobre o meu comentário.
    Votos de bom sucesso e claro que estarei sempre a acompanhar este seu magnífico trabalho.
    Marcos Amaro

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  26. Boa noite Marcos,

    A sua participação é sempre muito bem-vinda, bem como, e tal como já havia mencionado, a troca de ideias acerca da importante iniciativa da Associação que está a nascer.

    Cumprimentos,
    Carla

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  27. Obrigado, Carla;

    A troca de ideias não é bem vinda, é essencial, pois normalmente das ideias é que surge o trabalho.

    Apenas devemos ter cuidado quando tentamos colocar dizeres destorcidos da realidade, naquilo que outros escreveram, dai este meu pedido de resposta e de esclarecimento.

    Todos nós temos a obrigação de dizer o que sentimos e o dever de escrever o que queremos, apenas temos que referir que é a nossa opinião e não dizer que alguém pode ter dito isto ou aquilo e que vimos em defesa de alguém.

    Obrigado.

    Marcos Amaro

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  28. Boa Noite sou a Estrela,

    Berta, este comentário é para si.

    Relativamente ao seu menino, como está a correr o ano lectivo? Está a continuar a fazer progresso com a psicóloga? Aqui o nosso blogue têm ajudado em algumas coisas?
    Espero que tudo esteja a correr pelo melhor, dê-nos um sinal...
    Estrela.

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  29. Boa noite sou a Estrela,

    Srª Drª Sónia Pereira, tomei a liberdade de vir incomodá-la!

    Quero saber a opinião da SrªDrª sobre os nossos comentários e mensagens, seria muito útil para nós pais ter a opinião de uma professional.
    Agradeço antecipadamente o vossa colaboração.
    Estrela.

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  30. Boa noite a todos.

    Em primeiro lugar quero dizer à Estrela que não incomoda nada!

    Sou psicóloga desde 2002 e trabalho desde então com crianças disléxicas e não só. Infelizmente não tenho nenhuma associação (as burocracias e o investimento inicial não me permitiram concretizar esse sonho), mas decidi contornar este "problema" criando um projecto onde atendo as crianças com preços simbólicos. Desta forma, consegui dar apoio a crianças carenciadas que, de outra forma, não conseguiriam ter acesso a um consultório.

    Fiz formação com pessoas que sabem muito sobre a dislexia (Paula Teles e Leonor Machado)e acredito que estas crianças podem de facto ser ajudadas (é trabalhoso, exige tempo e dedicação, mas é muito gratificante quando as vemos evoluir).

    Hoje em dia ainda existem professores que não conhecem os sintomas e a dislexia deveria ser mais divulgada nas escolas. Também sei que continuam a existir muitas crianças que vivem todo o seu percurso escolar em sofrimento, por não terem sido avaliadas ou por não terem um diagnóstico correcto.

    Penso que a associação deveria ser mais activa (sinceramente não conheço nenhuma iniciativa desenvolvida pela associação). Obviamente que isto não significa que não tenha bons profissionais, mas de facto ainda há muito por fazer. Penso que a associação deveria dar voz aos pais e às famílias e deveria estar mais atenta às suas sugestões, dúvidas e necessidades.

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  31. Reparei que surgiram aqui algumas dúvidas relativamente à possibilidade de obtenção de consultas de terapia da fala através da ajuda do subsídio da segurança social. A nossa terapeuta da fala acabou de publicar um artigo sobre este assunto. Esperamos que seja esclarecedor e se tiverem alguma dúvida, não hesitem em contactá-la http://projectocresceraprender.blogspot.com/2009/04/o-subsidio-da-seguranca-social-e.html

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  32. Sou mãe de duas meninas, uma de 6 anos e outra de 8. A mais velha frequenta o 2º ano e só agora, depois de muita insistência da minha parte, lhe foi diagnosticada Dislexia.
    Compreendo que seja um diagnóstico dificil e uma responsabilidade grande "catalogar" uma criança com uma conotação tão pesada mas, parece-me de igual responsabilidade a falta de um diagnóstico precoce que poderia evitar uma boa parte do sofrimento da criança sendo assim igualmente conotada de "preguiçosa", "distraida", "desastrada"e até de "burra", muitas vezes auto-infligido.
    A minha filha mostrou sintomas desde bébe (embora na altura não soubesse); só começou a falar aos 2 anos, aos 3 dizia pai, mãe, olá e o resto praticamente só eu era capaz de entender; já andava bem mas se caisse não era capaz de se levantar sózinha; subia escadas mas ñ era capaz de descer; em questões de lateralidade fazia muitas vezes o inverso do que lhe era pedido e mostrava confusão...Quando interrogava o pediatra a respeito, era sempre normal, até acredito que como eu ia perguntando de cada um isoladamente, mas ele deveria ter conhecimentos suficientes para ir juntando 2+2. Aos 3 anos acabou por me aconselhar a inscrevê-la no infantário pelo atraso da fala. A sua integração foi dificil, devido à sua dificuldade de comunicar isolava-se, houve auxiliares que no 2º ano de infantário me disseram que nunca a tinham ouvido falar. Ela melhorou bastante mas não conciderei o suficiente e aos 5 anos mais ou menos resolvi procurar ajuda especializada - Terapeuta da fala. Foi-lhe feita uma avaliação onde apresentou variadissimos défices, e passou a ter 2 horas semanais de terapia da fala e muito TPC (não tinha possibilidades económicas para mais apesar da ADMG me comparticipar as despesas quase na totalidade, eu tinha de pagar e enviar as faturas para reembolso, que só começou a ser feito quase após 2 anos e algumas cartas e reletórios a explicar a situação. Ainda tive que pedir algum dinheiro emprestado que nem sequer tinha a certeza de reaver).A esta altura já eu tinha tomado a iniciativa de fazer em casa exercicios pré-escolares, (cedo percebi que no infantário pouco mais faziam do que brincar e contar histórias) pelo que fui tomando conhecimento das dificuldades dela, nomeadamente na extrema dificuldade de se manter atenta ou a fazer o mesmo durante mais tempo-ao fim de 30m já se mostrava impaciente e completamente distraida, chegava mesmo a "desligar" como se não estive-se ali. Aos 6 era altura de ingressar na escola mas não achei que estivesse preparada,a educadora concordou. Fui chamada a fazer os exames ao posto médico, no impresso para entrega na matricula, assinalaram que tinha dificuldades psicomotoras mas não me foi dito absolutamente nada, só em casa li o papel. Levei-a ao pediatra que após um exame disse para não ligar. Não a matriculei, resolvi fazê-lo só no ano seguinte e tentar prepará-la um pouco mais. (nesta altura já estava desempregada e acabei por optar ficar em casa.) Foi aqui que comecei a pensar em Dislexia e que toda a gente pensou que eu estava louca.
    Em fim veio o 1º ano e...a meio do 1ºperiodo entrei em panico, eu tinha a certeza. Ela não era capaz de relacionar os sons-fonemas com as letras-grafemas nem mesmo das vogais, ensinei-a a ler nos lábios ( era a posição da boca-ao emitir o fonema- que ela relacionava com o grafema) não conseguia relacionar o nome do número-fonema com o grafema teve de ser através da quantidade ( ela sabia que "três"-fonema eram 3 dedos e que esses correspondiam ao grafema 3)... Tinha aulas só de manhã e traballhava comigo à tarde, só depois me apercebi que devia estar a "torturá-la" com a minha preocupação em ajudá-la...ela começou a recusar-se a aprender,sabia que ia errar por isso não queria tentar, chorava todos os dias, chegou a atirar com os livros a berrar comigo que nunca seria capaz...que não queria mais... não queria ir à escola...
    Fui à CERELPE- o centro onde ela teve terapia da fala e pedi ajuda, não precisava de um "nome" precisava de ajuda, eu já não chegava, começava a acreditar que naquela altura já lhe estava a fazer mais mal que bem - para mim foi sempre fácil, fui sempre uma aluna excelente, as coisas eram óbvias, ainda hoje tenho essa facilidade... as dificuldades dela eram estranhas, quase absurdas, ela não é capaz de aprender por instinto, por dedução lógica, tudo tem de ser ensinado...eu já não era capaz, pelo menos não sózinha, precisava que me ensinassem a ajudá-la. Nessa altura já eu ia "chatear a professora pelo menos uma vez por semana, que,devo dizer foi sempre muito atenciosa e preocupada com ela e comigo dando-me dicas e fichas...No CERELPE tive todo o apoio e ajuda, ela começou a ter 2 horas semanais (não podia pagar mais) de apoio pedagógico especializado com a Drª Carmélia que também me ensinava a trabalhar com ela e me facilita material. Depois apresentei-me no pediatra e disse-lhe - A minha filha tem Dislexia, eu sei. Reencaminhou-me de imediato para uma pedopsiquiatra que mandou fazer todos os exames a uma psicologa. Mais uma vez fui ao CERELPE- tinha apenas Dificuldade da aprendizagem mas graves problemas a nivel de autoestima e ansiedade. Passou a fazer psicanálise com a Dra Helena. Melhorou, tem muitos altos e baixos, mas está acompanhada.
    Este ano a professora pediu que se repetisse o teste e foi-lhe finalmente diagnosticada Disléxia. Desde que lhe expliquei o que se passava e que ela teve conhecimento de que não está sózinha-que existem outros meninos como ela - comprei-lhe um livro, muito básico, infantil, sobre o tema - que a sinto mais relaxada e feliz...

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  33. Sónia;

    Deixe-me dar-lhe antes de mais os PARABENS e dizer-lhe, como Disléxico, que você fez aquilo que de melhor sabia.

    Por tudo aquilo que li no seu relato tudo o que fez sempre na melhor postura, que foi nunca desistir da sua “Estrela de Luz” e apenas isso e tão somente isso vale muito, acredite, sei o que é não ter qualquer apoio e ter sempre a catalogação de todos aqueles nomes que referiu.

    Bem mas não estamos aqui para escrever sobre mim mas sobre a Sónia e sobre a sua “Estrela de Luz”, Sónia gostaria, caso lhe seja possível, que estivesse presente no evento que está a ser organizado pela Clínica Dasein, em Lisboa, no próximo dia 27 de Abril às 19h00m, pois é de historias de vivencia como a sua que necessitamos para transmitir aos vários pais que iram estar presentes, espero.

    A sua historia de luta pela sua “Estrela de Luz” vai por certo iluminar muitos “Pais Empenhados” deste país e demonstrar que a única forma de ajudarmo-nos uns aos outros, pois todos passamos pelo mesmo, uns mais dos que outros, mas passamos e tudo isto independentemente de classes sociais, estatutos socioprofissionais, religião, etnia e ou cultura.

    Mas não quero acabar sem lhe deixar uma mensagem de esperança, desculpe mais uma vez falar de mim mas é de quem posso melhor falar, eu consegui vencer, tenho 37 anos, entrei para a Universidade aos 30 depois de ter abandonado os estudos aos 18, sou responsável por delegação nacional de uma das maiores multinacionais, na área de negocio em que actua, sou pai de uma linda “Estrela de Luz” que felizmente tem uns pais que já de alguma forma estavam abertos ao tema e, tal como a Sónia, decididos a não desistir e a lutar com todas as armas para a ajudar.

    Para terminar de falar de mim como exemplo, foi a minha “Estrela de Luz” foi quem me levou a iniciar todo este processo e projecto dos “Pais Empenhados”, por isso e se é que sirvo de exemplo para alguém, eu gostava, mas isso é apenas a minha pretensão e vaidade a falar, veja que aquilo que começa com muitas dificuldades pode vir a desenrolar-se com algum sucesso e perspectivar um futuro com algum consolo de trabalho iniciado, porque feito nunca estará.

    Um bem-haja e até dia 27 de Abril, espero e gostava.

    Marcos Amaro.
    Coordenador e
    Responsável pelo Projecto “Pais Empenhados”.

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  35. Exma. Carla;

    Agradecia que publicasse esta minha errata.

    O comentário direccionado, por mim, à Sónia foi feito por erro, este destinava-se à Carla que fez o seu comentário a 7 de Abril às 12h47m.

    Desculpe este lapso.

    Marcos Amaro.

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  37. Olá Dr.Carla
    Obrigada pelo seu convite para partilhar minha opinião sobre "o meu filho tem dislexia".
    O meu nome é Paula Campos, tenho 37 anos e sou recepcionista, e como o titulo indica tenho um filho com Dislexia.
    O João tem 10 anos feitos no dia 6 de Abril, anda no 4ºano do 1º ciclo de um colégio particular.
    No 1ª ano a professora detectou que o João não evoluia como os outros alunos, que o João era muito preguiçoso e desatento, isto todos os dias em que ia levar o João ao colégio, comecei a ficar triste e cansada, deixei de levar o meu filho a sala ficando só pelo portão da entrada do colégio, (Mas atenção, com isto não estou a culpar a professora, porque apesar de não conhecer os sinais nem ouvir falar de Dislexia, tem sido para o meu filho e para mim um anjo, o meu filho adora a professora e realmente ela tem sido incansável)na minha luta.
    Então já no 1º periodo do 2 ano lectivo continuava as mesmas lamentações, um dia estava com uma amiga e ela perguntou como estava o João na Colégio, acabei por lhe contar o que se passava foi então que ela me perguntou se o João não teria Dislexia, eu como não conhecia este problema disse logo que não, ela então recomendou-me uma médica psicolga para avaliar essa situação, e foi o que fiz, o João teve que lá ir fazer uns teste umas 3 ou 4 vezes, acabou por lhe ser diagnosticado a Dislexia.
    Ficou acordado o João ter uma vez por semana com a psicolga e outra com a terapeuta de fala, passado mais algum tempo a psicolga do colégio aconselhou que em vez de o João ter só uma vez por semana com a psicolga era pouco, então passou a ter duas vezes por semana e assim continuou, andou lá ( Apoio XXI )até ao fim do 3 ano lectivo.
    Como não consegui suportar mais esta despesa + a do colégio ( que tem psicolga mas não faz este tipo de acompanhamento)acabei por tirar o João do Centro.
    Hoje após varias reuniões com a psicolga do colégio e de vária insistencia da parte da professora, conseguimos que a psicolga do colégio atendesse o João, UMA VEZ DE 3 EM 3 SEMANAS.
    Hoje o João está sinalizado com o PEI ( Plano Educativo Individual)anda 2 vezes por semana em explicações individuais de Português ( a pedido dele por causa do exame de aferição)mas no inicio do proximo ano lectivo o João termina a 4 ano mas vai para a escola publica, porque nos dão mais condições penso eu, para estas crianças.
    O joâo é muito BOM aluno a Matemática tira sempre 99,75% nos teste, a Português melhorou muito tirou 88,25% mas em Estudo do Meio descarrilou 35,80%.
    Tento ajudar o mais possivel o meu filho, á noite antes de dormir lê um pouco, ele lê duas páginas e eu outras duas.
    Mas acima de tudo estou muito orgulhosa do meu filho.

    Obrigada e parabêns por esta iniciativa.
    Cumprimentos
    Até breve

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  38. Boa noite Paula,

    Estamos muito felizes com a sua participação e de conhecer o seu pequeno João.

    Pela sua mensagem confirmamos o mote "pais, os maiores especialistas" com as interessantes estratégias que utiliza em ajuda ao seu filho. Particularmente quando refere que também lê em conjunto com o seu filho, parece-me muito boa estratégia, nomeadamente para, entre outras vantagens, promover o envolvimento e motivação em tarefas de leitura. Gostaríamos muito que partilhasse esta estratégia na etiqueta "pais os principais especialistas".


    Cumprimentos,
    Carla

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  39. Boa noite.

    Tenho um filho de 7 anos que anda na 2ª classe, sempre teve uma aprendizagem normal, tendo sempre boas notas na escola. Acontece que agora no final do 2ª periodo fui informada pela professora, que ele talvez tivesse uma pequena dislexia, já que notou que apesar de ler bem, na escrita, por vezes, faz uma troca quando se trata das letras v e f. Confesso que eu própria já me tinha apercebido desta confusão por uma ou duas vezes, mas não dei importância, uma vez que achei que era próprio da idade.
    Depois de falar com a professora resolvi pesquisar sobre o assunto, e depois de ler alguns sites concluí que a troca de letras que referi e talvez a troca de letras quando a palavra tem pre ou tre são a única coisa em comum com a dislexia, já que em tudo o resto julgo que ele está bem. Até a data de hoje nunca teve dificuldades em aprender nada, e não noto diferenças quando o comparo com crianças da mesma idade, uma vez que em relação â leitura, escrita, matemática está a vontade.
    De qualquer das maneiras, apartir da próxima semana, vai estar uma vez por semana com a psicologa da escola de modo a verificarem a situação.A minha questão é se devo esperar pelo resultado, ou se deverei fazer qualquer outra coisa, como leva-lo a um terapeuta da fala, por exemplo!
    A professora disse me para não me preocupar, visto que parece ser uma coisa mínima, mas claro que como mãe, já estou super aflita.
    Gostaria que se possivel me dessem algumas informações concretas relativas ao meu caso.

    Obrigado

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  40. Boa noite a todos, sou a Estrela,

    Seja muito bem-vinda Vera Ribeiro, na minha opinião se está mesmo "super aflita" podia ir a um psicólogo particular para fazer testes, saber o nível de gravidade da disléxia e assim obter uma relatório médico que será muito útil. Mesmo a disléxia sendo mínima a criança deve ser acompanhada.
    Pode também começar a efectuar, em casa, os pequenos exercíçios que os diferentes pais deste blogue têm vindo a divulgar, seria importante começar já a fazer em casa, mas cuidado deve ser com muita calma, paciência, persistência, e dar muita segurança à criança para a sua auto-estima não sofrer danos.
    Não desista nunca de ajudar o seu filho mesmo se isso lhe der muito trabalho. Força Vera.
    Estrela.

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  41. Boa tarde, tive conhecimento do blog através do pgm da tvi. Sou mãe de uma criança com 11 anos, tem dislexia e síndrome de hiperactividade e défice de atenção. Vai frequentar o 5º ano na escola secundária de Águas Santas na Maia, e estou preocupada quanto ao apoio especializado na escola. Até ao momento o meu filho só teve apoio especializado no ano lectivo 2006/2007 quando frequentava o 2º ano. Apartir daí e até ao 4º ano frequentava as aulas do apoio escolar dado pela professora. Está sinalizalizado com dificuldades de aprendizagem e não ao abrigo do decreto-lei nº 319/91 embora eu apresente na escola todos os anos relatórios de avaliação médica e informação do acompanhamento pela terapeuta da fala. Pretendo saber que mais posso fazer para que o meu filho possa ter o apoio a que tem direito.
    Bem Hajam pela fundação deste blog.Ass: Paula Garcia

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  42. Meu filho tem 8 anos , mais ñ consegue ler nem escrever , ele é bem infantil parece ter 5 anos , gosteria de reprová-lo como posso fazer isso?

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