segunda-feira, 11 de maio de 2009

Relação família-escola

Família e escola têm um objectivo comum: estabelecer as melhores condições para favorecer o desenvolvimento integral das crianças e dos jovens. Este objectivo requer naturalmente a comunicação e cooperação entre estes contextos Contudo, infelizmente esta situação nem sempre se verifica ora por dificuldades de comunicação entre a família e a escola, ora por falta de preparação e formação quer dos professores quer das famílias.


Aqui ficam algumas questões sobre este tema tão decisivo para o sucesso escolar:

- A relação que estabelecem com a escola é tão próxima quanto pretendiam?

- O que poderia ser feito para alterar a relação com a escola, facilitar a comunicação com os professores e maximizar o apoio e entreajuda?

7 comentários:

  1. Boa noite a todos, sou a Estrela,

    O relacionamento entre escola/familia nem sempreé fácil que por uns pais que não dão interesse suficiente ao filho,por várias razões devido às vicissitudes da vida (cuidado não estou a criticar ninguém), os outros ficam logo categorizados pelo mesmo.
    Devido a esse facto a relação ficar "bloqueada"

    Ser professor não é nadafácil, não é chegar dentro da sala de aula e debitar par "fora" o que se aprendeu. è muito mais complicado do que isso, é ser amigo, ser confidente, ser protector, ser psicólogo,ser imparcial e muito mais tantos dos alunos como dos pais, nunca deve ser visto como figura castigadora, isto é o que eu penso.
    As reuniões devem ser facilitadas a horas que os pais estejem disponiveis. Deve haver "um bem querer"ao aluno por parte da escola, o aluno deve sentir desejado na escola (eu sei que é pedir muito às escolas), se houvesse mais "amizade" entre o aluno e o professor haveria talvez menos abandono escolar, menos reprovações porque o aluno sentia felicidade ao ir para a escola e não pesadelo para muitos.
    Um aluno com disléxia (ou qual seja a sua dificuldade) deve-se sentir ainda mais elogiado, acarinhado que os outros. Esta é a minha opinião e experiência.
    Estrela.

    ResponderEliminar
  2. Creio que um dos grandes problemas que afecta a dinâmica escola família é a demissão que infelizmente muitos dos pais fazem na partilha de responsabilidades da educação cívica, moral, ética, social e cultural dos seus filhos.

    Isto não se refere apenas às “Estrelas de Luz”. Mas sim a um todo.

    Por muito dura que esta critica possa parecer é infelizmente verdade, existem pais que alegam não ter 20 minutos para no final de semana se envolver nas actividades escolares dos seus filhos, mas por exemplo têm tempo para ir aos Centros comerciais, ver jogos de futebol na televisão, ir para o café uma tarde inteira ou dormir a sesta que é bem merecida depois de uma semana inteira de trabalho.

    Acreditem não tenho nada contar os centros comerciais, futebol, cafés ou mesmo contra a sesta, a qual, quando posso, também gosto de fazer.

    Mas aquilo que digo é verdade e se calhar muitos de vós também o sabem.

    A culpa disto é realmente dos pais, dos novos pais, é verdade eles conquistaram o direito de dizer não, de passar a “RESPONSABILIDADE” para os outros, de “DELEGAR” competências nos outros, de “PAGAR” para que façam, de ter “DIREITO AO LAZER”, tudo isto em detrimento da responsabilidade que cabe a cada pai e mãe.

    A escola têm realmente obrigação de:

    Dar uma melhor formação colegial;

    Apoiar as famílias na definição de valores sociais e culturais;

    De interagir socialmente com as entidades regulamentadoras afim de permitir a integração dos alunos na sociedade;

    Pesquisar métodos e meios para facilitar a compreensão das matérias;

    Mas a família têm todas estas obrigações e muito mais.

    Não quero retirar responsabilidades às escolas, mas não quero ser injusto para com quem muitas das vezes faz aquilo que é “OBRIGAÇÃO” dos pais fazerem.

    Marcos Amaro

    ResponderEliminar
  3. Olá!

    Só posso concordar, infelizmente penso e sinto o mesmo. A maior parte dos pais hoje em dia, usa a escola como "depósito" para as crianças; -enquanto estão lá estão supostamente bem e a responsabilidade é toda da escola. (Chequei a ter conhecimento de histórias, passadas ainda no infantário das minhas filhas (funciona nas mesmas instalações da escola), que havia pais que estavam de férias, deixavam lá os miudos às 8.00am, iam buscálos quase às 19.00pm (hora de fecho) depois de passarem o dia na praia,e iam ainda com os pés cheios de areia.- esta cena chocou-me, por isso contei...)
    Ainda estou no inicio da minha "carreira" de encarregado de educação a nivel de escola, digamos assim, mas nunca tive qualquer dificuldade de comunicação com a escola/professora,nunca me barraram a entrada(depois de identificada e dizer a que ia) nunca se recusaram a falar comigo fosse do que fosse, mesmo sem hora marcada, apareço lá ao intervalo ou à saida e conversamos, ás vezes até um simples cumprimento acaba numa conversa, num concelho, numa advertência...
    Talvez apartir do 2º ciclo as coisas compliquem um pouco...mas faço tensões de continuar o meu papel de mãe "chata" se assim quiserem porque, como diz a Estrela, ser professor não deveria ser tirar um curso e tá feito, como, infelizmente há muitos, é preciso vocação, gostar porque embora não lhe possamos deitar as responsabilidades todas para cima, têm uma quota parte bem grande na educação dos nossos filhos e, se até aqui não tenho qualquer queixa quem sabe o que nos reserva o futuro ...

    ResponderEliminar
  4. Olá
    Concordo que uma boa relação entre escola família é muito importante para o sucesso de um aluno disléxico, o meu filho é disléxico, sempre tive um óptimo relacionamento com a escola, sinto é preciso muito mais do que boa vontade de ajudar, é necessário formação, saber do que estamos a falar, como agir, e muitos professores não fazem ideia o que fazer e as vezes querem ajudar e complicam. " O meu filho teve uma professora na primária, que mensalmente premiava os alunos que requisitassem mais livros para ler em casa. Como sabia que o meu filho é disléxico e não gostava de ler, para que não ficasse triste um dos meses resolveu premia-lo como leitor do mês, o miúdo ficou muito triste e devolveu-lhe o presente, quando chegou a casa faltou-se de chorar dizendo que não queria voltar aquela escola, não gostava mais da professora porque ela mentia".
    Eu tinha uma boa relação com esta professora, e acho que ela é uma excelente pessoa apenas não sabe nada sobre dislexia.
    Isso aconteceu, a dez anos atrás, mas ainda hoje o meu filho tem professores que lhe dizem “ tem a certeza que és disléxico pareces um aluno normal”
    Penso que alem da boa relação família escola e muito importante a formação dos professores sobre dislexia. Ainda no ano lectivo 2008/2009 a directora de turma do meu filho confessou-me que ficou assustada quando viu que tinha um aluno disléxico, foi para a net colher informação, e pedir ajuda porque nunca tinha ensinado um aluno disléxico, estou a falar de uma professora com mais de 15 anos de carreira. Será possível.

    E urgente que as escolas dêem ferramentas aos professores para eles possam trabalhar, pois todos sabemos que sem as ferramentas adequadas, o esforço é maior e o resultado não é aquele que queremos.

    Paula Santos

    ResponderEliminar
  5. Boa noite a todos,sou a Estrela,

    Estou de acordo com a urgência de formar os Professores para todos os tipos de dificuldades de aprendizagem. Os professores não são possuidores de nenhuma formação sobre estes disturbios.
    Estrela.

    ResponderEliminar
  6. Oi,
    Hoje fui buscar sobre o assunto pois tenho 26 anos e decobri a minha dislexia quando criança quando os meus pais procuraram uma fonoaudiologa que a dectectou.
    Meus pais não me contaram exatamente o que eu tinha na época mas frequentei a fonaudiologa por dois anos o que me fez evoluir muito.
    Sempre estudei nas melhores escolas da cidade em que vivia, as minhas amigas eram as melhores da classe. Ficava um pouco triste pois não conseguia acompanhá-las, meus pais cobravam mais interesse meu em estudar pois não o tinha pois achava que nunca daria para mim, mudar isso. Nunca repetia de ano mas também não chegava perto das minhas amigas.
    Chegou a hora de escolher a faculdade e resolvi que ali seria diferente, percebi que poderia acompanhar os melhores sim. Teria na verdade que me esforçar mais do que eles para atingir o mesmo objetivo mas era possível.
    Hoje sou arquiteta, trabalho numa grande empresa. Eles nem imaginam que possuo a dislexia pois desde o momento que eu percebi que eu teria que me esforçar muito para ser respeitada eu nunca mais parei de me esforçar.
    A conclusão que eu chego hoje é que dá para um dislexo ser um aluno em potêncial mas para isso ele não pode achar que tem que estudar igual aos outros mas um pouco mais para atingir o mesmo objetivo.
    Desculpe os especialistas se eu estiver errada mas comigo a minha vida mudou quando eu passei a acreditar nisso e a me dedicar profundamente em tudo que faço.

    ResponderEliminar
  7. Há poucos dias tive o diagnóstico de dislexia de desenvolvimento para o meu filho de 09 anos. Antes mesmo do diagnóstico sempre mantive um relacionamento bem estreito com a escola para o acompanhamento do meu filho.
    Infelizmente, depois de quase 06 anos de divorciada do pai dele, estou me vendo "obrigada" a recorrer na justição contra ele devido à atitudes contra a integridade psicológica do nosso filho. Uma das situações distorcidas se deu no último final de semana em que o meu filho foi passar com o pai que ao fazer um dever de casa de pesquisa que incluía um texto para leitura (ponto de grande dificuldade)acertou-lhe com dois tapões nas coxas porque o meu filho começou a rir sem parar durante a leitura. Creio eu que tenha sido uma reação de nervosismo o riso, pois eu mesma quando fico nervosa costumo rir. Estou em choque com a atitude que o pai dele teve um dia depois dele ter ligado para a escola do meu filho e da psico-pedagoga ter direcionado a ele a questão da dislexia! No início de abril vou ter o atendimento de uma promotora pública sobre a questão do pedido de revisão de guarda (até então compartilhada) e estou pensando em como tratar esse assunto. Pois quando o pai dele ficou sabendo que foi ele quem pediu para que eu procurasse o juíz ele tentou coagir o meu filho e ainda o repreendeu dizendo que tão cedo não iria ganhar brinquedo. Estou receiosa pela reação dele para com o meu filho depois da audiência com o juíz com a assistente social fazendo a ponte entre o meu filho e o juíz!

    ResponderEliminar