terça-feira, 21 de abril de 2009

Aplicações informáticas

Olá a todos,

Como o computador é sempre uma motivação para os mais pequenos e como combina o texto com áudio e imagem o que pode ajudar bastante no caso particular da dislexia, partilho aqui alguma informação que o Manuel Telles me cedeu acerca de programas que podem ser bons para as nossas crianças.

Em www.imagina.pt há aplicações com matérias dos diferentes anos lectivos, que embora não tenham sido criadas para crianças com dislexia, adaptam-se bem. Tem programas de matemática e leitura de histórias.

Em www.ataraxia.pt podem encontrar programas que ajudam a aceder à Internet via áudio e à leitura de livros de maior dimensão. Aqui também podemos encontrar para além de um programa que transforma os textos em som, ampliadores de quadros que se ligam ao computador e lupas.

Na www.electrosertec.pt há máquinas de calcular com som e livros áudio. Estes vendem também o aparelho de sistema daisy, que permite a qualquer criança dirigir-se a uma biblioteca municipal e requerer livros áudio.

Também neste momento com a revista SÁBADO estão a vender um cd muito bom - COLECÇÃO APRENDER - são jogos didácticos do 1º ao 4º ano por mais um euro com a revista. É adaptável ao MAGALHÃES e a revista sai à quinta-feira.

No Pingo Doce estiveram à venda uns livros áudio fantásticos com histórias para crianças (não sei se ainda estão).

Não tenho muitos conhecimentos acerca de programas específicos para dislexia, mas penso que qualquer aplicação informática que favoreça a leitura apelando aos vários sentidos ajudará.

Gostaria que deixassem as vossas sugestões de jogos ou outras aplicações informáticas que já tenham experimentado ou conheçam e achem que são úteis.

Cumprimentos a todos,
Carla

12 comentários:

  1. Obrigada, já tinha perguntado pelos programas. Vou ver os sites e se descobrir mais alguma coisa, venho cá deixar.

    Até breve,
    Marta

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  2. Creio que como espaço dirigido por profissionais ligados à dislexia deveriam apenas de divulgar programas e métodos os quais já fossem reconhecidos e ou aplicados por entidades devidamente reconhecidas na área da dislexia.

    Não deixa de ser perigoso a divulgação para aplicação de métodos e meios que não só em muitos dos casos são placebos bem como infelizmente muitas das vezes prejudicam mais do que ajudam.

    Apenas boas intenções não bastam como profissionais ligados à dislexia temos que ter cuidado naquilo que sugerimos.

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  3. Apesar de existirem métodos mais reconhecidos que outros, ou mais familiares, destinados à estimulação do desenvolvimento de competências em crianças com dislexia, parece-me, de todo pertinente, divulgar não só aquilo que já está estabelecido mas também potenciais sugestões que se podem revelar positivas. Só assim, através das nossas experiências e, claro sustentados no conhecimento já existente, poderemos expandir novos horizontes através de práticas acessiveis a todos.

    Gostaria de esclarecer que este espaço não é dirigido por profissionais ligados à dislexia mas que as contribuições destes profissionais são muito bem-vindas também, e por isso, gostaria de convidá-la/o então a partilhar programas e métodos devidamente reconhecidos e que considere pertinentes.

    Obrigada,
    Carla

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  4. Apesar das nossas crianças terem dificuldades especificas são crianças como qualquer outra, e se estes programas são concebidos para ajudar a desenvolver competencias em crianças no geral, dificilmente poderão prejudicar, no máximo não ajudarão. Depois, para além disso, qualquer pai/mãe chegado a este ponto, em que teve de vivenciar a frustação, sofrimento, desmotivação, ... do filho já experimentou várias "tecnicas" sem terem sido recomendadas por especialistas, eu, por exemplo, vendo as dificuldades a nivel fonologico da minha filha, observando o seu comportamento, acabei ensinando-a a ler nos lábios(e com muitos erros e mais devagar mas acabou a conseguir fazer ditados) e não tenho nenhuma qualificação nem conhecimento especifico em coisa nenhuma, na altura ainda nem sabia que ela tinha Disléxia. Penso que isto tem muito mais a ver com o conhecimento que temos dos nossos filhos, pois cada criança tem a sua própria personalidade e modo de reagir perante um estimulo, . Não existe nenhum "programa" pré estabelecido para pais que nos ensine a educar, a ser pais, temos de ir aprendendo e "experimentando" com eles, os nossos filhos. Dai a etiqueta Pais - os principais especialistas. Uma vez um pediatra disse-me "Confie nos seus instintos maternais, estão quase sempre certos".
    Depois não estamos a falar de pôr em prática nenhuma experiência louca... e qualquer método ou técnica antes de ser reconhecido tem de ser descoberto e experimentado.
    Às vezes acho que há demasiados escruplos em pequenas coisas, assim como em relação ao diagnóstico precose, e ninguém quer responsabilidades nisto ou naquilo mas, esquecem o mais importante, estas crianças estão em sofrimento constante, não é o que nós vamos fazer para tentar ajudá-los( dentro do razoável obviamente) que os vai fazer sofrer como se eles antes estivessem felizes e sem problemas, eles já estão a sofrer...

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  5. Gostaria de poder responder a algumas das questões e desafios colocados depois da minha intervenção.

    Penso que como espaço de debate público tenho pelo menos algum direito de esclarecimento e de contraditório.

    À Carla (CSM):

    Em 1º lugar quando disse que deveriam apenas de divulgar programas e métodos os quais já fossem reconhecidos e ou aplicados por entidades devidamente reconhecidas na área da dislexia, disse-o porque contrariamente ao que na sua ingenuidade alguns pais possam pensar a aplicação de métodos e técnicas, sem validação cientifica, podem realmente prejudicar mais do que auxiliar, pois na dislexia observa-se por vezes um aumento dos níveis de frustração e respectiva perca de auto-estima, pelo facto de as crianças disléxicas se aperceberem que, quando existe um contacto em simultâneo com outras crianças, não portadoras de dislexia, não são capazes de acompanhar os outros e ou levam mais tempo e com resultados iniciais inferiores aos dos outros.

    Em 2º lugar quando mencionei que como espaço dirigido por profissionais ligados à dislexia, filo convicta disso mesmo, pois não pensei que arriscassem sequer a sugerir métodos, técnicas, sugestões de acção e formas de intervenção se tal não acontece-se, mas neste caso retiro o que disse.

    À Carla:

    Acredito que tudo o que faz e tem feito pelas suas crianças é o feito de coração e com bom intuito, mas infelizmente na dislexia isso não basta.

    É realmente necessário um cuidado extra na aplicação de metodologias, que só por si tenham funcionado com crianças com outros transtornos e ou deficiências, tais como surdez, ou diminuição auditiva, invisuais etc. Pois no caso da dislexia e como já expliquei anteriormente a aplicação de algumas metodologias podem provocar frustração por falta de resultados e respectiva baixa de auto-estima.

    Quando diz que os programas são desenvolvidos para ajudar a desenvolver competências em crianças no geral, concordo plenamente consigo, mas a grande diferença é que as crianças com dislexia e deficit de atenção e hiperactividade, não são crianças no geral, se não o vosso espaço não estaria a reivindicar e bem, leia-se, estatutos de apoio especial e ou condições de apoio para essas mesmas crianças, porque na realidade elas são diferentes, na grande maioria dos casos para melhor, quando e se acompanhadas por profissionais credenciados e com metodologias reconhecidas e testadas.

    Não façamos desta crianças cobaias de nada nem de ninguém.

    Mas esta é apenas a minha opinião e pelo que me apercebi V. Exas., não são muito receptivas à crítica mesmo que ela seja numa base construtiva.

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  6. Talvez tenha sido um pouco agressiva na minha resposta, pelo que peço desculpa, às vezes precipito-me um pouco mas, não deixe que isso a iniba de continuar a participar e a expressar a sua opinião, como disse isto é um espaço de debate publico, onde não tenho nem pretendo ter, mais direito à palavra do que qualquer outra pessoa e, como também falou, por ingenuidade ou simplesmente desespero, nós pais (ou pelo menos eu) cometemos erros de que não nos apercebemos e é de todo bem vinda a participação de profissionais esclarecidos que nos possam elucidar e chamar a atenção para práticas mais ou menos perigosas. No entanto mantenho a minha opinião quanto ao excesso de escrupulos por vezes praticados(muitas, no que se refere a Disléxia) .

    Sou obrigada a admitir que a determinada altura (já mencionei na etiqueta apresentações), com a minha ancia de ajudar a minha filha, senti que a estava mais a prejudicar que a ajudar, cheguei a achar (como disse) que a estava a "torturar"...
    Quando ela foi, finalmente, consultada por uma psicologa (porque não tenho nem nunca tive pretenção de me sobrepor a qualquer especialista nem fazer da minha filha cobaia) Ela apresentava uma grave recusa de aprendizagem, um baixissimo nivel de auto estima e um elevado grau de anciedade traduzido, no que a psicologa chamou de somtizações ( dores de barriga, cabeça, roer as unhas,falar sózinha, vários tiques-como meter o dedo no nariz tão repetidamente que chegava a fazer pequenas feridas, e até dar-se pequenas chapadas...). Apesar de reconhecer que tive alguma culpa nisso, que de algum modo contribui para isso, sei que não fui eu que o provoquei, o problema já lá estava, e como mãe é... praticamente impossivel ficar de espectador em tudo isto sem fazer nada, estas crianças vão ao consultório de psicologia, em média, uma hora por semana... nós pais... eu mãe tinha de ver a minha filha sofrer todos os dias de manhã, á tarde e á noite....a realidade é bem mais ampla daquilo que se passa nas sessões e era muito bom que os profissionais, na sua maioria parece-me, não substimassem e diminuissem tanto a capacidade dos pais, não só a nivel de avaliação e diagnóstico como na prestação de ajuda util.

    É por tudo isto que defendo que deveria deixar-se os eufemismos e os escrupulos e haver uma acção imediata independentemente do nome ou de relatórios porque chegamos a um ponto em que é obvio que estas crianças precisam de ajuda, temos de ficar à espera do quê? Porquê? Apontadas, conotadas e discriminadas já elas são de qualquer modo...

    Diz, transcrevo:
    "observa-se por vezes um aumento dos níveis de frustração e respectiva perca de auto-estima, pelo facto de as crianças disléxicas se aperceberem que, quando existe um contacto em simultâneo com outras crianças, não portadoras de dislexia, não são capazes de acompanhar os outros e ou levam mais tempo e com resultados iniciais inferiores aos dos outros."

    Vivemos numa sociedade altamente competitiva em que essa observação é válida para qualquer criança com ou sem disléxia, por mais que nós pais as queiramos proteger, não podemos colocar os nossos filhos numa redoma de vidro. As nossas "estrelas de luz" (permitam-me usar este termo) precisam de ajuda sim mas, quanto mais cedo aprenderem a lidar com a sua realidade mais fácil será a sua integração na sociedade e na vida em geral, não os podemos isolar do mundo...

    Parece-me que a solução passa bem mais por:
    - Ajudá-los a aceitarem-se como são, porque normais ou não vai haver sempre, ao longo da vida quem mal diga ou se aproveite das nossas fraquezas ou erros sejam eles quais forem;
    - Faze-los perceber que existem valores bem acima da capacidade de fazer o que quer que seja;
    - E fazê-los perceber que muitas vezes tem muito mais valor e mérito o seu simples satisfaz para o que tiveram de dar o seu melhor, do que o excelente daquele menino que não teve de fazer o menor esforço para o conseguir...

    Sim cometi erros, sim talvez tenha precionado, precionei em muitas ocasiões a minha filha mais do que devia e há algumas coisas que nunca deveria ter dito ou feito, sim tive de lhe pedir desculpa muitas vezes e de lhe tentar explicar que as mães também erram e que a culpa não era dela mas... mas nunca me vou arrepender de tentar ajudá-la, (e/ou procurar modos de a incentivar) e nem vou desistir.

    Como a Carla (CSM) disse, talvez queira partilhar conosco programas e ou métodos reconhecidos e devidamente "testados" para que possamos ajudar os nossos filhos mais corretamente, pelo menos no que me diz respeito, embora, talvez tenha deixado parecer que não, estou de todo aberta a ajuda e criticas construtivas.

    Desculpem o desabafo ou qualquer exagero e mais uma vez Obrigada.

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  7. Carla é com todo o gosto que partilho a informação solicitada.

    Vejam por exemplo:

    CARTÕES FONOMÍMICOS E CD COM AS CANTILENAS DO ABECEDÁRIO, da Dr.ª Paula Teles.

    Este é apenas um exemplo o que podem encontrar disponível no mercado e dedicado a crianças disléxicas.

    Método devidamente reconhecido e testado.

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    1. testado onde? Existe algum estudo da validação deste método? Eu cá só encontro a edição sem o estudo e os resultados da aplicação aos alunos. Se alguém conhecer onde a Drª Paula Teles tem o estudo que valida o método agradeço que me indiquem.

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  8. Olá,
    Estivve a ver os sites e para mim são um pouco complicados e parece-me que é tudo muito caro. Onde podemos encontra esses cartões da dr Paula Teles? São para o computador também?

    Bjs, Marta

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  9. Olá Marta!

    Também estive a ver, e achei muito interessante nomeadamente "Aventuras 2" mas +/- 100€ é muito dinheiro (pelo menos para mim tb Marta) e nem sequer podemos ter certeza se realmente ajuda...

    No que se refere aos cartões da Dr. Paula Teles, que também estive a ver (aqui na net) são "apenas" isso mesmo cartões de reeducação da leitura e escrita. Mas... igualmente caros +/- 40€. Não duvido mesmo nada da sua eficácia, antes pelo contrário,(para a minha filha parece-me que já não faz sentido) mas pareceu-me que o objectivo é o mesmo dos meus cubos, dos quadradinhos ou cartas de letras do "Scrable"que eu uso ou das letras coloridas da Estrela apenas mais elaborado e talvez especifico. Eu, por indicação da professora de ensino especial, usei também umas tabelas, que qualquer um faz, de silabas em que a punhamos a ler salteado conforme iamos apontando incentivando a que o fizesse cada vez mais rápido:

    p pi po pa pe pu (não pôr as vogais seguidas
    t ti to ta te tu se não dizem de cor)
    ....
    Esta é das primeiras depois fazer com: pr tr gr fr... e pl, cl, fl... etc, incluindo o ão, ãe.... e finalmente tudo misturado.
    Ajudou muito no reconhecimento das silabas e consequente velocidade de leitura.
    Talvez deve-se ter escrito isto noutra etiqueta mas, veio a propósito dos cartões, desculpem...

    Talvez já conheçam, experimentem uma visita:

    -ao " sitio dos miudos - planeta click " (sitiodosmiudos.kids.sapo.pt) - tem alguns, mesmo poucos, infelizmente, joguitos interessantes, básicos, algumas vezes e já decoraram e não querem jogar mais, mas em alguns casos a ideia é mesmo essa - ex jogo das palavras dificeis - se algumas palavras acabam em "ão" ou "am" (uma das dificuldades da minha filha). Tem também história que podem ser lidas ou ouvidas...entre outras coisa achei giro...

    -ou ao site Junior - www.junior.te.pt também interessante...

    -ou o portal do Iguinho - iguinho.ig.com.br - este é mais para brincar que também é muitissimo importante.

    Vou procurando e partilhando e esperando também algumas sugestões...

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  10. Olá Carla,

    Gostei da ideia das silabas, vou fazer com a minha filha. Quanto aos sites ela costuma ir ao junior mas vou lhe mostrar os outros também. Há um jogo muito giro que a professora lhe ofereceu que é da porto editora e é um esqueleto que faz perguntas. Ela adora e eu acho que está muito bem feito.
    É pena que os programas mais sofisticados sejam sempre tao caros...

    Bjs, Marta

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  11. Olá!
    Queria só dizer que a professora de ensino especial (particular) da minha filha nos recomendou e facilitou a "colecção aprender" da revista "Sábado" mencionada, e deixar a minha opinião.
    Contém pequenos diálogos ou monólogos pedagógicos sobre alguns(uma boa parte) dos temas curriculares do 1º ciclo e alguns exercicios em forma de jogos educativos muito básicos e simples, extremamente acessiveis.
    Temo-los usado para consolidação dos conhecimentos adquiridos, como ajuda nos pontos fracos e até como entretenimento.
    Gostei e as minhas filhas também ( tanto a disléxica como a outra).

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